Já ouviu falar de feocromocitoma? Esse é um tumor raro, mas que pode causar muitos danos a diversos sistemas do corpo.
Leia esse texto até o final para saber mais sobre feocromocitoma, o que é, suas causas e sintomas.
O que é feocromocitoma?
O tumor feocromocitoma costuma se originar nas células cromafins e se desenvolver na medula adrenal, na parte interna da glândula adrenal.
No topo de cada um dos rins têm uma glândula suprarrenal, as suas funções são promover a manutenção do equilíbrio do metabolismo, a partir da produção de hormônios que vão atuar em diversos sistemas.
Entre esses hormônios estão o cortisol, adrenalina, noradrenalina, aldosterona, androgênios e estrogênios, que vão dar respostas do corpo ao estresse, regular níveis de fluido e sal no corpo, além de controlar a pressão arterial.

Em geral, esse é um tumor benigno na suprarrenal e atinge apenas uma das glândulas (em geral, são bilaterais apenas em 10% dos casos), mas, se não tratado, pode estimular uma pressão arterial muito perigosa e colocar outros sistemas do corpo em risco.
Quando o organismo tem feocromocitoma podem ser produzidos hormônios em excesso e causar alguns problemas importantes como pressão alta descontrolada, dores de cabeça, infarto agudo do miocárdio, hemorragias retinianas, nefropatia, AVE por infarto cerebral, hemorragia intracraniana, embolia e até ataques de pânico.
Em alguns casos, o feocromocitoma faz parte da síndrome de neoplasia endócrina, e pode estar associado a outros tipos de câncer, como o de tireoide, além de trazer outros problemas hormonais.
Quando há um tumor feocromocitoma maligno, pode atingir os pulmões, fígado, ossos e sistema linfático. Os tumores cancerígenos nas glândulas adrenais costumam representar 10% dos casos.
Feocromocitoma: causas e idade
Não há uma causa bem definida para o surgimento desses tumores, embora a hereditariedade tenha sido considerada como um dos possíveis fatores de risco, porque pode surgir a partir de mutações de células germinativas.
Esses tumores adrenais costumam ser descobertos nas pessoas entre 20 e os 50 anos, porém, podem ocorrer em qualquer faixa etária.

Feocromocitoma: sintomas
Quando uma pessoa está com esse tumor na glândula adrenal , os sintomas que se apresentam podem ser:
- Pressão alta difícil de controlar, com picos que atingem mais as mulheres;
- Dores de cabeça;
- Suores intensos;
- Palidez no rosto;
- Taquicardia;
- Tremores;
- Ansiedade e sentimento de preocupação;
- Falta de ar;
- Perda de peso;
- Fadiga;
- Problemas de visão;
- Temperaturas altas;
- Convulsões.
Feocromocitoma: diagnóstico
As pessoas que manifestam esses sintomas devem buscar uma investigação médica mais aprofundada, especialmente, se tem um histórico de elevação da pressão e arritmia ao se submeter à anestesia e em procedimentos cirúrgicos.
Na consulta, o médico fará uma anamnese e, possivelmente, vai solicitar diversos exames, caso tenha a suspeita de um tumor na glândula adrenal.
Os exames de sangue e urina vão investigar os níveis hormonais, e os exames de imagem, como a tomografia computadorizada ou ressonância magnética, vão indicar a localização exata do tumor.
Por sinal, não é incomum que um tumor adrenal seja detectado justamente durante um exame de imagem solicitado para outras doenças.
Como a hereditariedade também pode ser um fator de risco, podem ser solicitados testes genéticos, que vão indicar se alguma doença genética tem relação com o surgimento do tumor.
Esses exames genéticos também alertam para que outras pessoas da família também passem por uma investigação médica.
Feocromocitoma: tratamento
Ao ser diagnosticado um câncer ou tumor benigno na supra renal, é preciso fazer uma cirurgia de retirada. Antes disso, o paciente precisa controlar a pressão arterial e a frequência cardíaca.
Em torno de dez dias antes da cirurgia, o paciente deverá tomar medicações que são bloqueadores alfa e beta, que serão somadas ou substituir os remédios de pressão que já toma normalmente. Essa medida serve para bloquear os efeitos dos hormônios e também controlar a hipertensão.
Além disso, o paciente também deverá ficar muito atento para ter uma boa hidratação. Ao ingerir mais líquido, o paciente vai expandir o volume de água dentro dos vasos sanguíneos, e evitar que ocorra uma queda acentuada de pressão arterial após a retirada do tumor.
Geralmente, ao retirar o tumor, especialmente se for cancerígeno, a glândula adrenal também será removida, mas a que está no outro rim irá realizar as funções que costumavam ser de ambas.
Caso seja benigno, o cirurgião poderá tentar, ao máximo, retirar apenas o tumor e preservar os tecidos da glândula que ainda estejam saudáveis.
Conclusão
Além de não deixar que as doenças cheguem em um ponto avançado, o que dificulta um pouco mais os tratamentos, não custa relembrar a importância de um cuidado preventivo com a saúde.
Não só quando algum sintoma alerta para uma possível doença, sempre que possível, procure um especialista para realizar exames, que poderão dar a oportunidade de tratar certas patologias em uma fase precoce, o que vai aumentar muito as chances de cura.