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Entenda mais sobre

Urologia Oncológica

Ramo da Urologia responsável pela
prevenção, diagnóstico e tratamento.

Urologia Oncológica

Tumores Urológicos

A Urologia Oncológica (Onco-Urologia ou Uro-Oncologia) é o ramo da Urologia responsável pela prevenção, diagnóstico, investigação, tratamento e seguimento dos tumores malignos do sistema genitourinário do adulto, como o câncer de próstata, glândulas suprarrenais (adrenais), bexiga, rins, ureteres, testículos e pênis. Atualmente, uma parcela considerável dos tratamentos cirúrgicos onco-urológicos é realizada por meio de técnicas minimamente invasivas (como a videolaparoscopia ou a Endourologia).

O tratamento das doenças malignas é uma parcela muito grande da prática urológica. Alguns dos resultados mais encorajadores no manejo clínico e cirúrgico de tumores sólidos envolve as neoplasias do trato genitourinário, como por exemplo, o câncer de próstata. O desenvolvimento de terapias multimodais, em que a quimioterapia, radioterapia e tratamento cirúrgico são usados em conjunto, tem proporcionado um melhor resultado terapêutico em diversos tipos de tumores urológicos, como os tumores de testículos. A permanente evolução dos métodos de diagnóstico precoce, dos exames de imagem (para diagnóstico, planejamento terapêutico e seguimento), das técnicas cirúrgicas e dos tratamentos oncológicos complementares (como as modernas terapias alvo e radioterapia) trazem um horizonte cada vez mais promissor para esta Urologia Oncológica.

Perguntas e Respostas Frequentes

O câncer de bexiga geralmente inicia nas células que revestem o interior da bexiga e geralmente afeta adultos após os 50 anos de idade, embora possa ocorrer em qualquer idade.

A maior parte dos tumores de bexiga são diagnosticados fase inicial – quando o câncer de bexiga é altamente tratável com grande chance de cura, porém a recidiva desses tumores é frequente.

Os principais sintomas são sangramento na urina e eventualmente sintomas irritativos ao urinar (ardência e vontade frequente de urinar). Vale lembrar que em fase inicial o câncer de bexiga pode ser assintomático.

O tabagismo é a principal causa em nosso meio, seguida de exposição a produtos químicos arsênico e produtos químicos utilizados na fabricação de tintas, borracha, couro, têxteis e produtos de pintura.

O carcinoma de células transicionais é o principal, embora também possa existir outros como o adenocarcinoma ou o carcinoma de células escamosas, ambos bem mais raros.

O diagnóstico em geral é feito pelo ultrassom do trato urinário seguido de exames de urina como a citologia (pesquisa de células tumorais) na urina e o exame endoscópico da uretra e da bexiga – cistoscopia.

O tratamento, quando o tumor encontra-se limitado ao revestimento interno da bexiga sem infiltrar a parede muscular da mesma, geralmente se resume a uma boa ressecção endoscópica do tumor seguida de tratamento com medicamento aplicado semanalmente na bexiga durante 6 a 8 semanas para diminuir as chances de recidiva do tumor. Quando o tumor passa invadir a parede muscular da bexiga, em geral o tratamento indicado é a retirada total da mesma com a exteriorização da urina em uma bolsa parecida com uma colostomia ou, em casos selecionados, com a substituição da bexiga nativa por uma nova bexiga feita com uma porção do intestino do próprio paciente. Importante ressaltar que o ideal é não deixar o tumor chegar nessa fase e, sim, trata-lo enquanto ainda não invade o músculo da bexiga.

Mesmo os pacientes tratados com ressecção endoscópica da bexiga, em que não há a necessidade de retirar todo o órgão, o acompanhamento médico frequente e muito vigilante é importantíssimo porque, mesmo que o tumor não se torne invasivo, a recidiva dos tumores superficiais de bexiga ocorre em até 70% dos pacientes tratados.

Também é extremamente importante ressaltar a necessidade de abandonar o mau hábito de fumar, mesmo que o paciente já tenha desenvolvido o câncer de bexiga. Isso diminui um pouco a chance de recidiva e diminui a chance de progressão, ou seja, de o tumor se tornar invasivo.

O câncer de pênis é uma doença mais frequente na população de baixo nível socioeconômico, em países em desenvolvimento, como em algumas regiões do Brasil, principalmente o norte e nordeste.

Causas e Prevenção

O principal tipo histológico é o carcinoma de células escamosas (ou carcinoma epidermóide) e está relacionado à irritação crônica por má higiene, fimose e doenças sexualmente transmissíveis, como o HPV. A prevenção do tumor é realizada facilmente com a educação da população, com o cuidado de higiene, uso de preservativo nas relações sexuais para se evitar o HPV e a cirurgia de fimose ou exuberância de prepúcio na puberdade.

Diagnóstico e Estadiamento

O paciente apresenta inicialmente lesão vegetante ou úlcero-vegetante, que acomete inicialmente a glande (80%), prepúcio (15%) ou sulco coronal (5%). O exame físico apresenta alto valor preditivo positivo, sensibilidade e especificidade, sendo o principal método para a avaliação de extensão local e metástases envolvendo os linfonodos inguinais, que é o primeiro local de disseminação metastática. O diagnóstico é confirmado pela biópsia da lesão. Tomografia e ressonância são utilizadas para definir o estadiamento, apesar de se ter muito falso positivo ou falso negativo. No câncer de pênis quase 50% dos linfonodos aumentados na região inguinal não são metastáticos e 20% dos linfonodos não palpáveis têm metástases.

Tratamento

O mais indicado para lesão primária é a amputação parcial ou total do pênis, dependendo do nível de acometimento deste. A amputação parcial permite que o paciente tenha ereções e relações sexuais posteriormente. A linfadenectomia inguinal e, às vezes pélvica, está indicada nos casos de lifonodos inguinais palpáveis , tumores de alto grau e tumores localmente avançados. Alguns Urologistas usam antibioticoterapia nos casos de linfonodos inguinais palpáveis, e fazem a linfadenectomia se continuarem aumentados (50% são inflamatórios), mas esta conduta é controversa e discutível, devido ao baixo nível de pacientes que retornam para controle posteriormente. A quimioterapia sistêmica tem sido utilizada no pré e pós-operatório com resultados variáveis e está em avaliação com novos estudos. A radioterapia local do pênis é usada em alguns casos selecionados, com resultados discutíveis.

O câncer de próstata é o tumor que ocorre na próstata, uma glândula masculina localizada abaixo da bexiga, por onde passa a uretra (canal que conduz a urina desde a bexiga até a ponta do pênis), e que produz parte do sêmen (eliminado na ejaculação).

O câncer de próstata é, depois dos tumores de pele, o câncer mais comum nos homens, e o segundo mais letal, somente atrás do câncer de pulmão.

Em geral, é um tumor de crescimento lento e, quando surge, permanece restrito à próstata por bastante tempo, onde não causa qualquer sintoma ou problema, por vezes até mesmo não necessitando tratamento. Entretanto, alguns tipos de câncer de próstata podem ser mais agressivos e crescer rapidamente, inclusive com risco de se espalhar por outros órgãos, necessitando portanto tratamento imediato.

Embora muito frequente, ainda não se sabe as causas do câncer de próstata. Apesar disto, conhecemos alguns fatores de risco para o câncer de próstata, como a idade avançada, a presença de história familiar de câncer de próstata, raça negra e a obesidade.

De forma preventiva, pode-se reduzir o risco de câncer de próstata através de mudanças de hábitos favoráveis à saúde global, como uma dieta saudável e exercícios físicos regulares. Além disso, recomenda-se a realização anual, a partir dos 50 anos, de exame médicos periódicos, como o toque retal e o PSA (exame de sangue). Assim, se diagnosticado precocemente (ainda restrito à glândula), as chances de cura do câncer de próstata tratado são maiores.

As opções de tratamento devem ser oferecidas conforme a agressividade da doença, a sua extensão, a expectativa de vida do paciente (baseada na idade e presença de doenças associadas), a disponibilidade dos tratamentos, a preferência do paciente, família e Urologista, e é uma decisão consensual (compartilhada). Sua definição deve levar em conta riscos, benefícios e potenciais complicações de todas as modalidades terapêuticas possíveis em cada caso específico.

Dentre as opções de tratamento, baseadas na extensão da doença, destacam-se, para os tumores não metastáticos, terapias curativas como a cirurgia (prostatectomia radical), a radioterapia (externa ou braquiterapia), terapias focais (HIFU, crioterapia), ou até mesmo observação vigilante (em casos específicos). Já na doença metastática, os tratamentos são paliativos e podem ser a terapia hormonal, a quimioterapia, a imunoterapia ou a terapia de suporte óssea.

O câncer de rim é incomum (3% de todos os tumores). São mais prevalentes entre 50-70 anos e geralmente são descobertos ao acaso durante um exame radiológico para investigar outros sintomas. Não há uma causa específica para se adquirir câncer renal. Entretanto sabemos de vários fatores de risco, como idade avançada, tabagismo, obesidade, hipertensão arterial sistêmica, hemodiálise prolongada, entre outros.

Exames de imagem sempre estão indicados após suspeita de um câncer renal. Geralmente o passo inicial é a ultrassonografia. Depois torna-se imperativo um estudo aprimorado com tomografia computadorizada e, eventualmente, ressonância nuclear magnética. Estes exames têm o objetivo de averiguar com detalhes o tamanho e localização do tumor, a anatomia renal, sua relação com outros órgãos e estruturas, a possibilidade da presença de doença à distância (metástase). Cerca de 70% dos casos recém diagnosticados felizmente estão localizados nos rins.
Sempre que encontro um nódulo renal a ultrassonografia trata-se de um câncer? Não, nem sempre! Alguns nódulos são benignos e a tomografia computadorizada consegue retirar esta dúvida na maioria dos casos, definindo a conduta a ser tomada. Quando a dúvida persiste ou em situações mais específicas, pode-se recorrer a outros exams de imagem ou a uma biópsia do nódulo suspeito.

Sempre que possível, a cirurgia é a primeira opção de tratamento para o câncer de rim. Entre as opções estão a remoção do rim (nefrectomia radical) ou apenas a remoção do tumor com uma margem de tecido saudável, preservando o restante do rim (nefrectomia parcial). As indicações são precisas e devem ser avaliadas individualmente, mas em linhas gerais as nefrectomias parciais são preferíveis e indicadas para tumores pequenos e localizados na periferia dos rins. A retirada completa da lesão ainda em estágio inicial é o único tratamento potencialmente curativo.
Tratamentos alternativos não cirúrgicos são exceção. Em casos avançados, as possíveis condutas incluem: cirurgia citoredutora (remover o máximo de doença visível e possível), cirurgia para metástases (doença fora dos rins), medicações (imunoterapia, terapia-alvo) e radioterapia. Estes tipos de tumores são resistentes a quimioterapia, que apresentam algum grau de resposta significativa em apenas 10% dos casos.

Após o diagnóstico, recomenda-se uma avaliação especializada com Urologista. Nesta avaliação procure levar o máximo de informações referentes ao seu histórico de saúde, juntamente com todos os exames e medicações em uso. Considere levar um familiar ou amigo, para que o máximo de informações sejam absorvidas. E lembre-se que esta doença tem tratamento com ótimas possibilidades de cura na maioria dos casos!

Os tumores do sistema excretor, isto é, dos cálices, da pelve renal e ureteres, são do mesmo tipo histológico do câncer de bexiga e são relacionados muitas vezes ao tabagismo. O principal sintoma é a hematúria micro ou macroscópica (sangue na urina).

Diagnóstico

É feito por ultrassom, urografia excretora, tomografia e ressonância magnética, além da citologia urinária.

Tratamento

Consiste, na maioria das vezes, em nefroureterectomia com retirada de cunha da bexiga, no local da entrada do ureter na bexiga. Em casos selecionados (em rim único e casos iniciais, por exemplo) pode ser realizada a ressecção endoscópica com cauterização das lesões. A quimioterapia pode ser usada nos casos avançados, mas com baixa resposta.

O câncer de testículo é o tumor mais prevalente nos homens entre 15 a 35 anos de idade, apresentando alta possibilidade de cura nos casos iniciais. São tumores que respondem bem à quimioterapia e, alguns, à radioterapia. A incidência destes tumores é de 6 a 11 casos para cada 100 mil homens, sendo que no Brasil é de 2,2/100 mil homens.

Diagnóstico

No exame clínico se encontram nódulos ou massas no testículo, normalmente indolores à palpação, com o epidídimo homolateral normal, a não ser em casos avançados. O ultrassom escrotal tem alta sensibilidade e mostra a área nodular. A radiografia de tórax, tomografia ou ressonância de abdome devem ser realizados como métodos de imagem para estadiamento. O diagnóstico diferencial é com infecção (orquiepididimite), hidrocele, hérnia encarcerada, torção testicular e tuberculose. Da mesma forma que as mulheres realizam o autoexame da mama, os homens devem apalpar os testículos e observar possíveis alterações na região, pois quando a doença é detectada precocemente as chances de cura são muito grandes.

Tratamento

O tratamento inicial é cirúrgico: através de um pequeno corte no abdome o testículo é removido, o que não interfere na função sexual ou reprodutiva do homem, caso o outro testículo esteja normal. O paciente deve ser acompanhado para verificar a necessidade de outras terapêuticas complementares, como radioterapia ou quimioterapia.

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