CONSULTÓRIO ITAIM BIBI (11) 99562-9319

Cálculo Renal

(Pedra nos rins)

O cálculo renal é uma
condição bastante comum.

Cálculo Renal

O cálculo renal é a doença que provoca a produção de cristais que são eliminados na urina, em decorrência da dieta e do metabolismo interno. Quando ocorre um excesso de cristais na urina, acontece a supersaturação e os cristais vão se agregando para formar o cálculo renal. Existem muitos tipos de cálculos, com diferentes cores e formatos.

Geralmente é causado por alteração metabólica sistêmica, portanto, não é uma doença renal, embora existam cálculos relacionados à doença dos túbulos renais e doenças genéticas raras, como cistinúria e oxalatúria primária. Ocorre de 2-3 vezes mais em homens que mulheres, com pico de incidência entre a 4a e 6a décadas de vida, e é mais frequente nas regiões de clima quente e seco, no verão, e em trabalhadores expostos a ambiente quentes (doença ocupacional). Está associada com o aumento do IMC, diabetes tipo II e síndrome metabólica.

Sintomas

O cálculo dentro do sistema coletor urinário raramente causa dor. A cólica renal é uma das piores dores relatadas e indica a passagem do cálculo pelo ureter. Pode ocorrer hematúria micro ou macroscópica, náusea e vômito. Geralmente o cálculo menor que 5 mm causa dor mais forte do que os maiores. A cólica nefrética acontece pela pressão causada durante a passagem da urina pelo ureter obstruído, durante a descida do cálculo até abexiga, causando distensão ureteral. levando à hidronefrose (a dilatação do rim) e, consequentemente, à dor. O momento mais doloroso se dá quando o cálculo tenta vencer a musculatura da bexiga e o trajeto submucoso do ureter na bexiga (locais de maior resistência à passagem do cálculo). Nesta fase ocorre disúria (dificuldade para urinar) e urgência miccional. Pode ocorrer febre e calafrios, se houver infecção do trato urinário. Uma vez na bexiga, geralmente a eliminação do cálculo pela uretra é indolor.

Fatores de risco

Há associação com antecedentes familiares, com desidratação, com altas temperaturas (maior incidência no verão, alto risco em pacientes que trabalham em ambientes quentes), etnia (maior incidência em pacientes da raça branca), obesidade (quanto maior o IMC, ou índice de massa corpórea, maior o risco), alterações anatômicas do trato urinário (obstrução), acidose tubular renal, hiperparatireoidismo, hábitos alimentares inapropriados, sedentarismo, infecção do trato urinário, distúrbios metabólicos, diabetes, medicamentos (probenecide, losartana, salicilatos, inibidores de protease, vitamina C, inibidores da anidrase carbônica, suplementação de cálcio), quimioterapia, alteração do pH urinário, redução do seu volume (desidratação), hiperoxalúria, hipocitratúria, hipomagnesúria, hiperuricosúria, cistunúria, imobilização prolongada, ressecção intestinal, doença intestinal inflamatória crônica (diarreia), pós-operatório de cirurgia bariátrica por emagrecimento rápido.

Diagnóstico

Na fase aguda, a ultrassonografia pode informar sobre a situação dos rins e presença de cálculos existentes no sistema coletor urinário, sobre o grau da dilatação ureteropielocalicial (hidronefrose) e localização dos cálculos no ureter proximal e distal e na bexiga. O padrão ouro do diagnóstico é a tomografia computadorizada sem contraste. Informa sobre tamanho, número, localização e densidade dos cálculos. A conduta terapêutica, clínica ou cirúrgica, é definida por esta informação.

Tratamento

Alguns tipos de cálculos podem ser tratados, ou seja, dissolvidos, com adequação da dieta e medicamentos. Podem ser eliminados espontaneamente ou removidos cirurgicamente. Sabendo-se qual é o tipo do cálculo pode-se planejar o tratamento clínico, principalmente para cálculos menores que 5mm, de ácido úrico ou cistina. Cálculos maiores podem ficar impactados e causar hidronefrose pronunciada, com ou sem dor, com destruição do parênquima renal. Estes cálculos devem ser removidos por ureteroscopia ou cirurgia percutânea renal ou, às vezes, apenas drenando o sistema urinário por impossibilidade de se retirar o cálculo ou infecção do trato urinário. É uma urgência médica, pois o paciente está sob risco de disseminação da infecção (septicemia).

Prevenção

Aumentar líquidos até deixar urina clara em todas micções do dia, pelo menos 2 litros por dia (recorrência 12% nos hiperhidratados vs. 27% nos que bebiam água normalmente). Diminuir proteínas animais para reduzir a excreção de cálcio, oxalato e ácido úrico. Tomar suco de frutas cítricas que neutralizam a carga ácida proveniente das proteínas animais, principalmente limonada (limão é a fruta mais rica em citrato, 5 vezes mais que laranja, e reduz a excreção do oxalato), fazer atividade física (ideal é 3 vezes por semana por 1:15h), evitar a síndrome metabólica: obesidade central (circunferência da cintura superior a 100 cm); hipertensão arterial (pressão arterial igual ou superior a 130/85 mmHg); glicemia alterada (glicemia maior ou igual a 100 mg/dl); triglicerídeos maior ou igual a 150 mg/dl; colesterol bom baixo ou HDL colesterol menor que 40 mg/dl) e ingerir dietas hipossódicas (baixo teor de sódio, cálcio, pH e aumento de citrato urinário) e, com alto teor de fibras. Restringir oxalatos (chocolate, batata doce, espinafre, refrigerantes, cereais multigrãos, manteiga de amendoim, feijão verde, chá, aipo). Dependendo do tipo de cálculo, seu médico pode orientar dieta e medicamentos para acidificar ou alcalinizar a urina.

Fale com o Doutor

Encontrou o que você queria saber?

Se tiver alguma dúvida não deixe de perguntar. Quanto mais informação mais seguro será para seguir em frente! O formulário abaixo é uma forma dinâmica de entrar em contato com o médico. Envie-nos seus dados e sua mensagem que lhe responderei no mais breve possível.

    Nome

    E-mail

    Telefone ou WhatsApp

    Local de Atendimento?

    Mensagem