O câncer de rim não é dos tipos mais comuns que acometem as pessoas. Em uma estatística mundial, representa 3% dos tipos de tumores malignos. No entanto, é potencialmente perigoso e deve receber tratamento o quanto antes.
Veja nesse texto mais sobre o câncer de rim, sintomas, causas e tratamento.
O que é e quais os sintomas de câncer no rim?
Os rins são os órgãos responsáveis por expelir toxinas do corpo, excesso de água, potássio, sódio e outras substâncias, além de ter outras importantes funções para o organismo.
Esse órgão pode ser acometido por um tumor maligno, que é mais comum nos homens do que nas mulheres e costuma se manifestar entre os 55 e 75 anos.
Os três sinais mais característicos do câncer de rim são: nódulo palpável no abdômen, dor e sangue na urina. No entanto, esses sintomas de câncer do rim podem se manifestar quando a doença está em estágios mais avançados.
O tumor ou câncer de rim também pode provocar outros sintomas, como: dor lombar de apenas um lado, perda de peso, fadiga, suor noturno excessivo, inchaço nas pernas, aumento do volume abdominal, febre e pressão alta.
Porém, em alguns casos, a doença pode ficar assintomática por até anos, sendo detectável apenas quando se faz um exame de imagem de rotina ou para diagnosticar outros problemas de saúde. Por conta desse comportamento, um exame de imagem pode diagnosticar já um câncer de rim metastático (que se espalha para outros tecidos).
Por isso, é imprescindível estar sempre realizando consultas de rotina que possam diagnosticar um tumor em estágios iniciais, porque, nestes casos, câncer de rim tem cura.

Quais são os tipos de câncer de rim mais comuns?
São vários os tipos de câncer que podem atingir os rins, mas em 75% dos casos é o carcinoma de células renais claras, que tem origem no tubo responsável por filtrar as impurezas do sangue e pode se espalhar pelo corpo.
O segundo mais comum é o carcinoma papilífero de células renais, que é menos comum, representa 15% dos casos, porém, é considerado mais grave. Esse tumor costuma ser pequeno, mas pode causar bloqueio das vias urinárias e reter a urina.
O terceiro mais comum é o carcinoma cromófobo de células renais, na sequência, vêm os tumores originados nos ductos coletores e os sarcomatoides.
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Quais são os fatores de risco para desenvolver um câncer de rim?
As causas da origem do câncer de rim ainda não são completamente conhecidas, mas obesidade, hipertensão arterial, herança genética e tabagismo estão entre os principais fatores de risco para o desenvolvimento da doença.
Além disso, algumas síndromes genéticas também podem ser um fator para deflagrar a doença.
Outro fator de risco importante é a raça, em geral, a prevalência maior é na raça negra, embora as razões ainda não sejam muito bem esclarecidas.
A insuficiência renal e a hemodiálise também surgem como potenciais riscos para o desenvolvimento de um tumor, além do uso indiscriminado de diuréticos.
Como é o diagnóstico?
Essa doença é diagnosticada pelos exames de imagem. Atualmente, a maior parte dos diagnósticos de tumor renal é feito nos estágios iniciais, por meio de um exame de ultrassonografia, realizado de rotina.
Neste exame, é evidenciado um nódulo renal, na grande maioria das vezes, ainda assintomático. O tumor renal, quando diagnosticado nesta fase, é completamente curável.
Porém, quando o médico percebe um nódulo palpável, ele solicita uma tomografia computadorizada e uma ressonância magnética, que podem avaliar mais profundamente as características da massa e ajudá-lo a determinar se há malignidade.

Como é o tratamento do câncer de rim?
Quando a doença está restrita ao rim, que se configura como os estágios 1 e 2, a cirurgia de retirada do tumor é o procedimento mais comum. Nos casos em que o tumor é pequeno, é possível apenas retirar o nódulo sem afetar o rim.
No estágio 3, mesmo que o câncer tenha invadido vasos renais e linfonodos próximos, ainda é possível a cirurgia que pode envolver também a remoção do rim acometido pelo tumor.
Porém, quando há metástase, com o câncer de rim no estágio 4, a remoção do rim pode ainda ser uma opção, dependendo do estado geral do paciente.
Mas os protocolos são mais severos, e pode exigir uma equipe multidisciplinar, composta por urologista, nefrologista, oncologista, psicólogos e até nutricionistas, que vão usar abordagens como novos medicamentos para câncer de rim, imunoterapia e terapias-alvo.
Existem outras possibilidades de tratamento, especialmente indicados para pacientes em idade avançada ou portadores de comorbidades que possam aumentar o risco para uma cirurgia. Para estes casos, podem ser consideradas abordagens pouco invasivas como a crioablação e radiofrequência.
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É possível prevenir o câncer de rim?
Como foi possível perceber mais acima, os fatores de risco para o surgimento do câncer de rim têm a ver com estilo de vida. Por isso, ter hábitos saudáveis pode ser uma forma de evitar que a doença atinja o organismo.
Entre as boas práticas, o paciente pode parar de fumar e beber álcool, tomar mais líquidos (água, suco e chás), fazer exercícios físicos com regularidade, além de estar sempre atento aos sinais do corpo, procurando fazer consultas de rotina, para ter sempre um acompanhamento médico que possa detectar qualquer irregularidade no organismo em estágios ainda iniciais.